sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Prevendo o descanso

E com o aproximar do fim de semana, nada como olhar para o Eusébio e Amália no Oceanário de Lisboa e prever o que poderemos nós fazer também.

Bom descanso!

oceanrio de lisboa - amalia e eusebio -

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Selecção Musical

E para hoje, um registo apropriado ao dia: Nuages de Django Reinhardt

Aqui fica!

O Futuro dos Livros

Neste mundo onde se procura cada vez mais a literacia, mas também onde o acesso à informação nem sempre se coaduna com as posses financeiras de cada um, eis uma novidade a merecer nossa atenção: os Books on Demand

Já a funcionar na Biblioteca da Universidade do Michigan, a Espresso Book Machine, cujo funcionamento podem ver no video lá em baixo, permite imprimir e encadernar um qualquer livro existente no acervo da Biblioteca, desde que esse livro já não exista no mercado ou já não seja detentor de direitos de autor.
O manancial de livros é assim enorme, tendo a Biblioteca investido na sua digitalização, e as vantagens para os utilizadores, essas são óbvias. O futuro dos livros também passa certamente por aqui.

Uma notícia retirada do Sphere Project

Máquina em funcionamento

domingo, 26 de outubro de 2008

Memórias


Desde que li o post A Memória das Prisões, do Tomás Vasques, que tenho pensado (mais do que é costume) sobre as memórias da nossa história recente.

Já tinha, de facto, lido no jornal a intenção de transformar o antigo Forte de Peniche em Pousada, mas, tendo estado há pouco tempo no núcleo museológico ali existente em memória nos presos políticos que por lá passaram, tenho alguma dificuldade em compreender como se articulará uma Pousada como uma memória daquele tipo.

O movimento cívico Não Apaguem a Memória não tardou a tomar uma posição e, num comunicado à imprensa, criticou o que considera ser mais uma memória que se apaga. E, de facto, o que resta do projecto de resolução para criação de um Roteiro Nacional da Liberdade e da Resistência, memória da resistência em prol da liberdade e da democracia? O projecto do museu na Cadeia do Aljube?

Ficam, sem dúvida, as memórias documentais, existentes nas bibliotecas e arquivos, os projectos de investigação. Mas, quer para quem fez a passagem entre os dois regimes, quer para as gerações nascidas após o 25 de Abril, não seria mais benéfico o reconhecimen
to e estudo desse período da nossa história?

Não estando exactamente à espera de uma proposta à la Baltasar Garzón, resta-me aguardar por novos desenvolvimentos do projecto de Roteiro. E lembrar Memórias.
Como as relatadas em Por Teu Livre Pensamento. Histórias e memórias de 25 ex-presos políticos portugueses, de todas as áreas. Um notável trabalho de pesquisa documental e fotográfica, a que se acrescentam as fotografias actuais tiradas por João Pina. Os textos são de Rui Daniel Galiza. Vale a pena ver e ler.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Falar

Ter amigos é assim. Permite-nos ter dias caladinhos, mas também "acontecerem" aqueles dias em que pomos a conversa em dia. Ou simplesmente dias em que estamos com os nossos amigos a conversar sem nos preocuparmos com mais nada.
São dias que dão vontade de falar... e ouvir. E ainda bem que existem:))
A ilustração essa é de Bernardo Carvalho, o texto de Isabel Minhós Martins, no Um Livro para todos os Dias, da editora Planeta Tangerina.
Boas conversas!

Arqueologias

do saber e do escrever... neste caso a letra A

Ainda alguém se lembra de como foi ensinado a escrever/desenhar alguma letra??? Ou neste caso mais preciso a letra A ???

Pois o desenho das letras foi evoluindo ao longo dos tempos, de acordo com influências várias. Mas o estudo do seu ductus foi sempre essencial para a compreensão da feitura de cada letra. E compreender como se faz uma letra é meio caminho andado para a conseguir fazer / ler, o que para quem tem de as "decifrar" é essencial...
Leituras à parte, aqui ficam com uma evolução (rápida) da letra A









quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Filosofemos


Ontem, ao ler o Público, retive a minha atenção na crónica de Desidério Murcho, com este título. Numa época em que, não poucas vezes, não se reflecte ou pensa tanto quanto se deveria, não poderia estar mais de acordo com a frase "Mais vale filosofar mal do que não filosofar de todo em todo. " que a termina.
Quanto à crónica propriamente dita, essa podem lê-la aqui.

Ilustrando



Blogando por aí, encontrei na Trama uns desenhos de que gostei. Com mais uns cliques, cheguei ao blog da Maria Eugénia, artista por eles responsável.
Se o tema da música fácil e logicamente me seduziu, percorrendo as imagens disponíveis verifiquei que Maria Eugénia é um nome a ter em conta na aquisição de livros ilustrados.

Aqui ficam alguns, todos eles disponíveis para que façamos nós próprios as nossas próprias histórias...



terça-feira, 21 de outubro de 2008

Arte e Finanças



Ou de como entrar num Banco (o BES, neste caso) e não pensar em dinheiro. Nem no nosso, nem no dos outros… ou da crise mundial:))

Já tinha ouvido falar, mas ainda não tinha ido ver. E é uma agradável surpresa. No Marquês do Pombal, o BES tem uma zona chamada Arte & Finanças onde, para além de expor a Colecção de Fotografia Contemporânea do Banco (e já não é pouco), se pode ainda ter livre acesso à Internet, beber um café, tomar uma refeição, ou simplesmente estar…

Depois de uma pausa para café, há que ver a primeira Exposição: 32 fotografias dispersas entre os dois pisos, tanto de autores portugueses como estrangeiros. Algumas muitíssimo interessantes...
Um espaço a descobrir e certamente para estar atento e voltar!

Arquivos, conservação e acesso


“A perda de antigos documentos, quanto ao passado, era já immensa, e podia prever-se qual seria quanto ao futuro, conservando-se as cousas no estado em que se acham. Convencida que fazia um bom serviço ao paiz aconselhando o Governo a que conservasse no Archivo geral do reino os documentos chamado-os a Lisboa, depois de examinados e utilisados litterariamente, a Academia não hesitou em fazê-lo(...)"
Se a prosa de Alexandre Herculano é datada (1857) e a descrição do estado dos Arquivos, neste caso Eclesiásticos, também, mas que neste caso era essencial para o levantamento que a Academia das Ciências fazia para a publicação dos Portugaliae Monumenta Historica, a necessidade de conservação, descrição e acesso aos Arquivos, essa mantém-se, é claro.
Sejam eles compostos por papeis, documentos electrónicos ou qualquer outro suporte. Caso contrário, temos apenas montes de documentos, como na fotografia. Inúteis.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Conhecer os outros: Os Ciganos



“Que bichos são aqueles que vejo além na bruma do entardecer? Vão e vêm, ora de gatas, como ratos, ora em dois pés, como macacos; conforme se abaixam ou se levantam, parecem ser ora pigmeus, ora gigantes, toupeiras ou ursos… Palavra de honra, são homens, Ciganos! São seis e há um grandalhão que os vigia. Extraem areia do rio.”

É com esta descrição das condições de vida dos ciganos, feita por dois viajantes franceses pelas regiões da Moldávia e Valáquia, no século XIX, que Marcel Courtiade, secretário da União Romani Internacional, Região Europa inicia o seu périplo pela situação esclavagista vivida pelos ciganos nalguns países da Europa de Leste, no seu prefácio ao livro de Claire Auzias, Os Ciganos, ou o destino selvagem dos Roms do Leste.

Que também passa pela menção de codificação relativa ao povo cigano, como o Código de Vassil Lupul, príncipe da Moldávia (1816), cujo primeiro capítulo continha o seguinte artigo: “Em matéria de dote, os Roms, como todo o gado ou imóveis, avaliam-se por estimativa (…)”
Mas não é só dos ciganos escravos que Courtiade nos fala, mas também dos músicos livres, outro património, ou dos escravos evadidos, considerados, naturalmente heróis, dos grupos tolerados pelos otomanos, ou grupos em áreas de influência alemã, com o destino trágico que se conhece.
Um prefácio com muita informação e descrição de preconceitos clássicos a este povo associados.

Mas, na verdade, um cigano nasce ou faz-se? O que caracteriza o povo cigano? O nomadismo, a língua, a cultura? E qual a posição dos outros povos face ao povo cigano? Analisando um relacionamento que nunca foi fácil, Claire Auzias, especialista na matéria, problematiza e analisa a história e vida do povo Rom, espalhado pelos países europeus, ao sabor de guerras, religiões e direitos de cidadania.
E vai sempre relatando as tentativas de assimilação e aproveitamento que os vários povos/países/regimes fizeram dos Roms, não deixando de evocar o seu extermínio pelos nazis (500 000), também ele tão pouco lembrado.
Um livro que nos permite, sem dúvida, ter uma visão mais esclarecida do tema. E nos faz pensar (ainda mais) sobre a actual legislação italiana.


quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Emblemas


Para quem não tem exactamente grande facilidade em encontrar livros do século XVII disponíveis on line, eis que o blog Patrimónios dá uma boa notícia:
a de um projecto holandês, pesquisável aqui, que os apresenta (e estuda) sobre a perpectiva do tema das imagens de amor religioso ou secular.
Uma óptima fonte, com explêndidas imagens, e um bom manual para professores e estudantes. Ou de como a internet pode, de facto, derrobar barreiras e democratizar o acesso à informação.
Visitem, vale a pena.

Respirar (o Ar)

Alguém quer uma crise de asma?
A Ponte Guilherme e o seu ar (uma imagem que muito aprecio) foram retirados do site da DGEMN - Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, que por sinal já não se chama assim, mas não me ocorre agora o (novo) nome...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Duetos Imprevistos

E que melhor forma de acabar a semana, do que ouvir When the Saints Go Marchin in por Louis Armstrong e Danny Kaye?



Distinções

E não é que me estava a passar ao lado (desculpa lá ó Rafeiro) o meu grande acontecimento da semana???

Ei-lo:))

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Europeus


Quem somos, de onde viemos, e para onde vamos.
A Revista Histoire propõe-nos, neste número, uma viagem pela (grande) história Europeia, desde os Indo-Europeus, até todo o desenvolvimento social, político, cultural dos povos que a habitaram.
Uma história toda ela feita de revoluções, fronteiras, religiões, guerras, mas também de uma certa coesão e identidade, de que são testemunho as inúmeras alianças.
Uma leitura interessante para estes tempos conturbados!

Europa


Europa, sonho futuro!
Europa, manhã por vir,
fronteiras sem cães de guarda,
nações com riso franco
Abertas de par em par!
Europa sem misérias arrastando seus andrajos,
virás um dia? virá o dia
em que renasças purificada?
Serás um dia o lar comum dos que nasceram
do teu solo devastado?
Saberás renascer, Fénix, das cinzas
em que arda, enfim, falsa frandeza,
a glória que teus povos se sonharam
- cada um para si te querendo toda?
Europa, sonho futuro,
se algum dia há-de ser!
Europa que não soubeste
ouvir do fundo dos tempos
a voz na treva clamando
que tua grandeza não era
só do espírito seres pródigas
e do pão eras avara!
Tua grandeza a fizeram
os que nunca perguntaram
a raça por quem serviam.
Tua glória a ganharam
mãos que livre modelaram
teu corpo livre de algemas
num sonho sempre a alcançar!
Europa, ó mundo a criar
Europa, ó sonho por vir
enquanto à terra não desçam
as vozes que já moldaram
tua figura ideal!
Europa, sonho incriado,
até ao dia em que desça
teu espírito sobre as águas!
Europa sem misérias arrastando seusandrajos,
virás um dia? virá o dia
em que renasças purificada?
Serás um dia o lar comum dos que nasceram
no teu solo devastado?
Renascerás, Fénix, das cinzas
do teu corpo dividido?
Europa, tu virás só quando entre nações
o ódio não tiver a última palavra,
ao ódio não guiar a mão avara,
à mão não der alento o cavo som de enterro
dos cofres dirigindo o sangue do rebanho
- e do rebanho morto, enfim, à luz do dia,
o homem que sonhaste, Europa, seja vida!
Publicado em 1946, com desenhos de António Dacosta

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Pensar incomoda como andar à chuva


Quando o vento cresce e parece que chove mais (...)


Nos 85 anos de Eduardo Lourenço, com um Congresso Internacional a decorrer na Fundação Calouste Gulbenkian, organizado pelo Centro Nacional de Cultura, veio-me à memória este poema de Alberto Caeiro.

domingo, 5 de outubro de 2008

Símbolos



E no dia da Proclamação da República, um outro símbolo: o Busto da República, da autoria de Francisco Santos, que foi executado para o concurso promovido pela Câmara Municipal de Lisboa em 1910.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Artistas Cubanos

Flora Fong García
Háblame de Cuba, 2008

A vida tem destas coisas... acabei de fazer um post com pinturas da Graciella, e eis que me é dado ver uma exposição de Artistas Cubanos, que achei bastante interessante, e que, devo confessar, desconhecia.
Mas vamos por partes: o Grupo Parlamentar de Amizade Portugal - Cuba traz à Assembleia da República os seguintes artistas cubanos:
Agustín Bejarano
Flora Fong García
Julio César Banasco
Nelson Dominguez Deceno
Pedro Pablo Oliva
Hans Varela

E vale a pena a visita. Passando pela exuberância de cores, pela escultura, ou por registos mais intimistas, a verdade é que nos é dado conhecer (ou ver, para quem já conhece) arte cubana de boa qualidade.
Aqui deixo algumas imagens de que gostei particularmente. Mas há mais para ver...

Nelson Dominguez Deceno
Luna roja, 1996

Do lado direito:
Pedro Pablo Oliva
Las amigas, 2005















Agustín Bejarano
Concentración, 2008 (um dos meus predilectos9



















E finalmente resta-me desejar
La noche buena, um trabalho de Flora Fong Garcia de 2001.
Uma boa maneira de começar e acabar este post dedicado à Arte Cubana.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Duetos Imprevistos

Dean Martin & John Wayne, ou como podemos todos cantar...