sábado, 15 de março de 2008

Os arquivos e a formação das identidades



Nunca a questão das autonomias e independências esteve tão premente e simultaneamente agitou tanto a cena política europeia e não só.

Lembrei-me assim de aqui falar de uma obra que, sendo uma recolha de documentos existentes em diversos arquivos, pode ajudar a fazer uma reflexão sobre as nossas identidades ocidentais.

Falo de Archives de l’Occident, obra dirigida por Jean Favier, historiador e arquivista, o qual, no seu prefácio pergunta: Avec quoi écrit-on l’histoire?

Sem dúvida uma obra ambiciosa e de divulgação, pensada em três volumes, dos quais creio só terem saído dois, o primeiro e terceiro que possuo. Nunca consegui perceber se o segundo chegou a sair. Faz uma selecção de documentos e publica-os, enquadrando-os, naturalmente em grandes assuntos. Para além disso tem ainda bibliografia útil,

Uma leitura interessante com algumas curiosidades.

2 comentários:

Alberto Oliveira disse...

... uma questão interessantíssima, uma vez que a História se escreve tendenciosamente(?!) ao sabor do ponto de vista do historiador que, enquanto pessoa, não é totalmente imparcial.

Leonor disse...

Sem dúvida, legível.

Naturalmente que a existência de documentos e arquivos faz-nos ter mais certezas e sobretudo algum rigor sobre aquilo que afirmamos de outras épocas. É de resto para isso que servem, em primeiro lugar, os arquivos: para servirem de prova de determinada actividade.

Embora seja certo que alguns documentos possam ter interpretações diferentes, o que é certo é que eles existem e cada um é livre de os conhcer, o que de resto, é o grande mérito desta obra.