sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Always Look on the Bright Side of Life

Não queria começar o fim de semana sem aqui deixar uma musiquinha especial para a "turma" com quem nestes últimos sete anos carreguei e arrumei caixas, fotocopiei, atendi leitores, descrevi documentação, resmunguei, pesquisei, conversei e muitas coisas mais de que se compõe o dia a dia de um profissional de arquivo. E claro, esse pequeno sal da vida que é discuuuutir.
Agora que agarro outros desafios profissionais, devo dizer que foi uma aprendizagem constante e um privilégio.
Tenham um bom dia e, sobretudo, UM EXCELENTE FIM DE SEMANA.
Gosto particularmente desta canção, portanto andei à procura da versão mais soft dos Monthy Python. Para quem não sabe a letra, aqui vai:

Some things in life are bad
They can really make you mad
Other things just make you swear and curse.
When you're chewing on life's gristle
Don't grumble, give a whistle
And this'll help things turn out for the best...

And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...

If life seems jolly rotten
There's something you've forgotten
And that's to laugh and smile and dance and sing.
When you're feeling in the dumps
Don't be silly chumps
Just purse your lips and whistle - that's the thing.

And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...

For life is quite absurd
And death's the final word
You must always face the curtain with a bow.
Forget about your sin - give the audience a grin
Enjoy it - it's your last chance anyhow.

So always look on the bright side of death
Just before you draw your terminal breath

Life's a piece of shit
When you look at it
Life's a laugh and death's a joke, it's true.
You'll see it's all a show
Keep 'em laughing as you go
Just remember that the last laugh is on you.

And always look on the bright side of life...
Always look on the right side of life...
(Come on guys, cheer up!)
Always look on the bright side of life...
Always look on the bright side of life...
(Worse things happen at sea, you know.)
Always look on the bright side of life...
(I mean - what have you got to lose?)
(You know, you come from nothing - you're going back to nothing.What have you lost? Nothing!)Always look on the right side of life...


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A oração da libertação integral

Que sentido faz, nos dias de hoje, rezar num mundo controlado pelo computador e pelo dinheiro?

É ao que Leonardo Boff, um dos teólogos na génese da Teologia da Libertação, tenta responder.

Considerando o Pai Nosso a oração da libertação integral, a ela se refere nestes moldes:

“Se eu falto ao amor ou se falto à justiça, afasto-me
infalivelmente de Vós, ó meu Deus, e meu culto
não é mais que idolatria.
Para crer em Vós, preciso crer no amor e crer
na justiça e vale muito mais crer nestas coisas
que pronunciar Vosso nome.
Fora do amor e da justiça é impossível que eu alguma
vez Vos possa encontrar.
Mas aqueles que tomam o amor e a justiça por guia
estão no caminho verdadeiro que os conduzirá
até Vós”

O símbolo da Paz




Entusiasmada por uma reportagem que vinha hoje na revista Sábado sobre o nascimento há 50 anos do Símbolo da Paz, resolvi pesquisar um pouco e trazer-vos um pouco dessa história.

Informa a revista e diversos sites confirmam que o primeiro símbolo foi feito por Gerald Holtom, designer de roupa, como forma de representar o combate à energia nuclear. Este, inspirou-se no famoso quadro de Goya Três de Maio de 1808, por lhe evocar a angústia, tal como a personagem do quadro.

Para comemorar a data, pode não só adquiri o livro com a sua história, como também ir ao respectivo site e participar criando o seu próprio símbolo da paz. E atenção, mesmo as celebridades estão presentes.
Aqui ficam alguns exemplos. Adivinhem de quem são (só alguns)

Prémios (tantos) recebidos

A Blue, em dia de generosidade máxima, ofereceu-me três prémios três :)))



O que me encheu de orgulho!!! Obrigado Blue

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

O Cão Azul

As T-shirts do Cão Azul (ideia de Joaquim Mira e João Vallera) foram conquistando o seu espaço no mercado nacional dada a versatilidade da ideia: o humor aplicado a peças de roupa, os chamados cãoceitos, agora vendidos ou pela internet, no endereço já indicado ou na loja/atelier em Lisboa, na R. Teixeira de Pascoaes.

As frases tanto podem ser relativas a acontecimentos que surgem nas notícias, caso dos tigres há solta (T-shirt salvem o tigre da Azambuja), como da actual tendência de utilização da bimby para qualquer prato de culinária (T-shirt Eu fiz esta t-shirt na Bimby), mas também há a categoria futebol (naturalmente), etc, etc. O factor comum é mesmo o sentido de humor e o estar em


cima do acontecimento para não deixar passar nenhum caso susceptível de ser cãozualiado.


Espreitem no site e divirtam-se com algumas das t-shirts apresentadas.







terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Passeio no Rio

Algo que é para amar e não
para ser nomeado o claro vento
passeia-se como um príncipe
por entre os elogios das árvores
Deixemos que o barco navegue
à deriva... Deitado de costas
saúdo à brisa. Bebo à saúde
do universo. Nem ela nem ele
pensam em mim. Eu tão-pouco
Anoitece. Nuvens brilhantes
pairam sobre as águas luminosas

Su Dong Po, China, Séc. XI

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Som e Silêncio

Já aqui tenho dito que o deserto é uma das palavras com que me identifico. O que é verdade. Mas também não imagino a minha vida sem som.

Assim, especialmente dedicado a certos rafeiros que acham que aqui falta alguma coisa, mas também em benefício de todos os que aqui passam, aqui têm a primeira música de um CD que me tem acompanhado nestas últimas semanas:




Humument






























ou um excelente exemplo de como a arte se interliga com os livros.


Tom Phillips, artista britânico (1937-), iniciou o seu trabalho, com base no romance vitoriano 'A Human Document' de W.H. Mallock,. nos anos sessenta, tendo inicialmente uma versão na Tetrad Press em 1970 (não comercial). Já em 1980 publica-o pela Thames and Hudson, naquela que foi a primeira versão de um livro que se tornou um clássico de culto.

De facto, e como podem ver pela breve selecção de imagens que aqui deixo (e acreditem, a selecção NÃO foi fácil) o livro apresenta uma variedade de linguagens e imagens que o torna um exemplar a ter em conta para a história da arte dos nossos tempos.

A cada nova edição o artista renova algumas imagens.








Saiba mais mas, sobretudo, perca-se nas imagens, no site oficial de Humument

sábado, 23 de fevereiro de 2008

O Banco de Tempo

Aponte esta ideia: nas nossas vidas preenchidas e comandadas pela agenda, eis agora que surge um banco original, onde pode levantar e depositar cheques de… tempo!

A ideia, bastante interessante, foi trazida para Portugal pelo Graal, e é uma forma de, não envolvendo qualquer troca de dinheiro, se disponibilizar qualquer tipo de serviços numa relação de entreajuda em que todos podem colaborar.

Têm sido pedidos tempos para conversar, brincar, levar cães à rua, mas parece que a actividade mais requisitada são realmente as aulas de informática. Mas registo aqui um pedido em Viana do Castelo de tempo para ir passear ao luar.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Sabe o que é?

são cinquenta anos de uma vida vivida com jazz
é um acervo
é uma colecção jazz
é uma colecção de colecções jazz
são milhares de LPs e milhares de CDs
são milhares de livros
e milhares de revistas
e de cartazes
e muito outro material
boa parte deste material já está digitalizado
pronto para ser consultado via computadores
Uma boa ideia, de José Duarte, acolhida pela UA. Descubra:))

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Nós somos nós e as nossas circunstâncias



Já dizia Ortega y Gasset, na sua obra publicada em 1937, La rebelión de las masas.

Aqui lhes deixo, contudo, e na língua original, o respectivo enquadramento:

“Este ensayo quisiera vislumbrar el diagnóstico de nuestro tiempo, de nuestra vida actual. Va enunciada la primera parte de él, que puede resumirse así: nuestra vida, como repertorio de posibilidades, es magnífica, exuberante, superior a todas las históricamente conocidas. Mas por lo mismo que su formato es mayor, ha desbordado todos los cauces, principios, normas e ideales legados por la tradición. Es más vida que todas las vidas, y por lo mismo más problemática. No puede orientarse en el pretérito. Tiene que inventar su propio destino.
Pero ahora hay que completar el diagnóstico. La vida, que es, ante todo, lo que podemos ser, vida posible, es también, y por lo mismo, decidir entre las posibilidades lo que en efecto vamos a ser. Circunstancia y decisión son los dos elementos radicales de que se compone la vida. La circunstancia — las posibilidades — es lo que de nuestra vida nos es dado e impuesto. Ello constituye lo que llamamos el mundo. La vida no elige su mundo, sino que vivir es encontrarse desde luego en un mundo determinado e incanjeable: en éste de ahora. Nuestro mundo es la dimensión de fatalidad que integra nuestra vida. Pero esta fatalidad vital no se parece a la mecánica. No somos disparados sobre la existencia como la bala de un fusil, cuya trayectoria está absolutamente predeterminada. La fatalidad en que caemos al caer en este mundo — el mundo es siempre éste, éste de ahora — consiste en todo lo contrario. En vez de imponernos una trayectoria, nos impone varias, y, consecuentemente, nos fuerza... a elegir. ¡Sorprendente condición la de nuestra vida! Vivir es sentirse fatalmente forzado a ejercitar la libertad, a decidir lo que vamos a ser en este mundo. Ni un solo instante se deja descansar a nuestra actividad de decisión. Inclusive cuando desesperados nos abandonamos a lo que quiera venir, hemos decidido no decidir.
Es, pues, falso decir que en la vida "deciden las circunstancias". Al contrario: las circunstancias son el dilema, siempre nuevo, ante el cual tenemos que decidirnos. Pero el que decide es nuestro carácter.
Todo esto vale también para la vida colectiva. También en ella hay, primero, un horizonte de posibilidades, y luego, una resolución que elige y decide el modo efectivo de la existencia colectiva. Esta resolución emana del carácter que la sociedad tenga, o, lo que es lo mismo, del tipo de hombre dominante en ella. En nuestro tiempo domina el hombre-masa; es él quien decide. No se diga que esto era lo que acontecía ya en la época de la democracia, del sufragio universal. En el sufragio universal no deciden las masas, sino que su papel consistió en adherirse a la decisión de una u otra minoría. Éstas presentaban sus "programas" — excelente vocablo. Los programas eran, en efecto, programas de vida colectiva. En ellos se invitaba a la masa a aceptar un proyecto de decisión.”

Para ler o resto da obra clique aqui

Para saber mais sobre Ortega y Gasset aceda aqui à respectiva Fundação

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

As minhas 12 palavras

E respondendo à Ka, aqui têm as minhas 12 palavras

Vida – bênção
Espírito – principio e fim
Ser – e não parecer
Terra – mãe
Ar – respiração, voar
Som – música, palavras, conversar
Movimento – constante
Pensar – ideias
Ver – saber olhar
Mudanças – necessárias, saudável
Azul – calma
Deserto – encontro, silêncio

A machina do mundo

Vês aqui a grande machina do mundo
Etérea & elemental, que fabricada
Assy foi do saber alto, & profundo
Que he sem principio, & meta limitada,
Quem cerca em derredor este rotundo
Globo, & sua superficia tão limada,
He Deos, mas o q he Deos ningue o entende,
Que a tanto o engenho humano não se estede

Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas, C. X, e. 80

Para saber mais, consulte aqui a publicação
Astronomia de Os Lusíadas de Luciano Pereira da Silva
Imagem retirada da obra: Gregor Reisch. Margarita philosophica. Freiburg: Johann. Schott, 1503

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Paroles des Sages de L'Inde


Où qu’il aille,
sous quelque déguisement que
ce soit, l’homme ne trouvera
aucunne paix, quoi qu’il fasse,
tant que son esprit será dispersé
et qu’il sera jouet des passions.

Un savoir qui ne calme pas
l’esprit, un savoir qui ne rend
pas la vie paisable, est un savoir
mort. Il est comme un arbre sec.

Chandra Swami

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Os salteadores do património perdido






Museu de Cabul: sistematicamente pilhado entre 1991 e 1996
Museu do Iraque pilhado em Abril de 2003. O seu director Mushin Asan, impotente, no museu.

A Guerra, directa ou indirectamente, é sem dúvida uma das maiores ameaças à conservação do património.

Mas não se pense que é a única.

Está patente ao público no Museu Nacional de Arqueologia a excelente exposição, que aconselho vivamente: História Perdida: uma exposição acerca do comércio ilícito de antiguidades no mundo, organizada pela Fundação Helénica da Cultura.

Com claros objectivos pedagógicos, a exposição traça a evolução histórica da noção de património histórico e património nacional, bem como do aparecimento das colecções e dos museus.
Percorremos assim casos sobejamente conhecidos como os do roubo dos mármores do Parténon por Lord Elgin em 1801, ou o saque da ilha de Chipre entre 1865 e 1876 e poderíamos apontar o caso do Iraque como um dos muitos deste século. Mas quantos outros foram feitos? Quantos museus enriqueceram os seus espólios com peças de origem duvidosa?
A verdade é que o tráfico ilícito de antiguidades é um mercado em expansão.
Embora a Convenção da UNESCO de 1970 para a “Adopção de medidas para proibir e impedir a importação, a exportação e a transferência ilícita da propriedade e de Bens culturais” esteja em vigor, o primeiro país que a assinou foi o Equador. Hoje em dia 109 países adoptaram a Convenção. Os Estados Unidos assinaram em 19883 e a Grã-Bretanha em 2003.

Mais importante que isso, o comércio de antiguidades passou a fazer-se com mais rigor, declarando os conservadores de museus que não iriam adquirir peças sem saberem a sua proveniência.
Thomas Hawing, director do Metropolitan Museum of Art terá dito, em 1970, “a era da pirataria acabou”. Nada podia estar mais errado. Porque, na impossibilidade de o próprio museu comprar se formaram grandes colecções privadas com origens desconhecidas, cujos proprietários muitas vezes passavam para as administrações de grandes museus. Porque peças roubadas aparecem nos museus anos mais tarde. Porque enquanto houver quem compre vai haver sempre quem venda.

E entretanto o nosso património perde-se. Falamos de museus. Mas também podiamos falar de bibliotecas ou arquivos: o panorama é o mesmo: em tempos de guerra saqueiam-se

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

E porque estou em maré de desafios...

Cá vai a resposta ao da Ka:
1 - sou mais para o calada, a atirar para o séria e muuito discreta ahahah (é como me vê a maioria das pessoas, mas não deixa de ser verdade à mesma);
2 - no entanto, não dispenso uma boa discussão se gosto do tema, das ideias e das pessoas. Falar nunca é demais...
3 - não me vejo a viver sem som. a música faz parte do meu universo pessoal;
4 - mas o silêncio pode ser reconfortante e uma forma extremamente eficaz de comunicar, que aliás uso.
5 - não me imagino num mundo sem livros nem documentos. As ideias têm que circular por algum lado.
6 - Sonho em ter, quando me reformar, uma pequena livraria, ou, top of the tops, em ser alfarrabista. Mas o mais provável mesmo era que me sentasse eu a ler o que lá tivesse e a pensar secretamente "porque é que as pessoas não lêm aquele autor fulano de tal?"
E agora Ka, sabes mais de mim?

Meme de S. Valentim

A Gi achou que eu tinha fingido que não tinha visto este Meme... mas não é verdade... não vi mesmo.. ontem! só vi hoje:)))
Porém, se o Natal é quando um homem quer, achei que aqui no Registos também podia responder hoje a este Meme... com 24 horas de atraso, abstendo-me porém de o passar a outras dez pessoas.
Assim, vamos lá às perguntas:
1ª - O que gostarias que o teu par te oferecesse amanhã(ontem e hoje)? uma letra encadeada, daquelas que começam no tinteiro, passam para a pena saída do pato e acabam no pergaminho onde a tua mão, serena, me escreve a mais bela declaração de amor que só eu conseguirei ler. E que guardarei no meu arquivo pessoal, classificado em Tu.
2ª - E o que responderias em agradecimento? encadeava-me.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Raul Lino e Cristino da Silva ou a importância dos arquivos de arquitectura

Nomes sobejamente conhecidos na história da arquitectura portuguesa, nunca é de mais realçar a importância que tem o estudo dos seus arquivos.

Foi assim com grande satisfação que assisti hoje à apresentação pública do Projecto Arquivos de Arquitectura da Biblioteca Geral de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian.

Este projecto permitiu, no espaço de um ano, digitalizar 35.000 imagens, correspondentes a 1.181 registos relativos a 781 projectos de arquitectura de Raul Lino e Cristino da Silva, cujos espólios a Fundação possui.

Deste modo, tornou-se possível a sua divulgação e acesso on line no catálogo da Biblioteca, podendo fazê-lo no catálogo geral ou nas colecções digitalizadas.

Deixo-lhes a imagem da Casa do Cipreste de Raul Lino, que o próprio definia como um gato enrolado ao sol.

Mas a arquitectura portuguesa não se esgota, naturalmente, nos arquivos dos arquitectos, pelo que faz sentido aqui fazer referência ao excelente arquivo da antiga Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), actual Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (HRU), cujo sistema de informação pode ser visto aqui, laborioso trabalho desenvolvido sob a coordenação de João Vieira, membro aliás da direcção da Secção de Arquivos de Arquitectura do Conselho Internacional de Arquivos.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

A morte melancólica do rapaz ostra & outras estórias

A morte melancólica do rapaz ostra outras estórias de Tim Burton, esse mesmo que está a pensar (e com este título quem mais havia de ser?), reúne em 121 páginas 23 histórias de personagens diferentes, bizarras e inadaptadas, escritas com o especial humor que também caracteriza o universo dos seus filmes.

O livro em si não é bem uma novidade, já que saiu em Fevereiro de 2007. Mas aqui deixo uma das minhas “estórias” favoritas: O Rapaz Brie”

O Rapaz Brie teve um sonho que o encheu de agonia:
Sonhou que a sua cabeça redonda era apenas uma fatia.

Com as outras crianças nunca confraternizou…
… mas ao menos deu-se bem com um belo Bordeaux.

Um Blog com Boas Energias

Um Blog com Boas Energias!

A Gi atribuiu-me o Prémio Um Blog com Boas Energias! Já lhe agradeci no sítio devido, mas faço-o aqui também, mais uma vez, OBRIGADO GI.

E agora aqui vão as minhas sete nomeações:

Ka - O Blog da Ka
Paula Crespo – Uma espécie de mim
Outono - Outono Desconhecido
Oliver Pickwick – O Melhor Blog sobre nada
Teresa Teixeira - Palavras ao Vento
Luís Galego – Infinito Pessoal
E, last but not least, Eridanus – Tranquilidade Sideral

É a vossa altura de os espalhar!!!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Dia Europeu da Internet Segura

Comemora-se amanhã dia 12 o Dia Europeu da Internet Segura, havendo actividades para sensibilizar os cibernautas em cada estado Membro da União Europeia.

Em Portugal, o projecto Internet Segura é coordenado pela UMIC- Agência para a Sociedade do Conhecimento, em articulação com a Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (através da Equipa de Missão Computadores, Redes e Internet), a Fundação para a Computação Científica Nacional e a Microsoft Portugal.

Veja as actividades que terão lugar no site Internet Segura e, para quem está em Lisboa, também no Pavilhão do Conhecimento – Ciência viva.

Mais uma vez deixo aqui o link para o excelente projecto da Comissão Nacional de Protecção de Dados: Projecto Dadus, especialmente dedicado aos mais novos.

Para os não tão novos, aqui têm um documento da União Europeia sobre Protecção de dados na União Europeia, bem como o site onde podem tirar dúvidas. Quando fazemos compras pela Internet, temos bilhetes de avião electrónicos, etc, etc, convém estar informado…

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Rankings de Conteúdos Culturais Portugueses na Internet

Com o advento da Web 2.0, todos os agentes culturais se vêm confrontados com um novo desafio: não chega ter presença on-line, mas é ainda necessário fomentar a interactividade, favorecer a comunicação com os utilizadores e promover a partilha de recursos.

No suplemento Digital do Jornal Público de 19 de Janeiro de 2008, foram convidados quatro webdesigners para analisar os sites de museus portugueses: Joana Carravilla (Seara.com) Nuno Frazão (View), Carlos Moreira (ESEC) e Paulo Moreira (VisualWork).

Boa navegabilidade, visita virtual à colecção, design apelativo, loja on line, interacção com os utilizadores, são alguns dos pontos fortes referidos, ou seja, conteúdos sim, mas com coerência e facilmente acessíveis.

No outro lado da questão, destacam os problemas dos sites institucionais limitados, a modelos predefinidos, bem como o símbolo de acessibilidade w3C, nem sempre usado com rigor.

Deixo-lhes aqui, para que possam dizer de vossa justiça, a lista dos Museus, e respectivos sites, ordenados com a classificação atribuída:

Ser Arquivista é…

(como nos concursos)

Hipótese a) um eufemismo para uma função qualquer de secretariado.

Hipótese b) alguém que trabalha num arquivo “morto”, tipo um depósito de papel que já não precisamos, cheio de pó e sem grande utilidade , onde não se percebe porque é que alguém quer trabalhar.




Dedicado ao que pensa a grande maioria das pessoas que, quando me perguntam “o que faz” eu respondo “Sou Arquivista” .

Não resisto...

Se morasse nos Estados Unidos e tivesse direito a voto, não tenho dúvidas que votaria em Barack Obama. Não moro nem voto. Mas não resisto a deixar aqui a
Yes We Can Barack Obama Song do Will.i.am

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Os novos escravos

  • 1 - Imigrantes ilegais – novos barcos negreiros
    2 - Comércio da carne
    . mulheres
    . crianças (prostituição, pedofilia, trabalho infantil, crianças-soldados)
    . mineiros
    . diamantes de sangue
    . órgãos
    3 - Trabalho
    . Produtividade
    4 - Consumismo

    Registo aqui algumas das palavras de Fernando Nobre proferidas hoje no Encontro Fé e Justiça XVI

    Vemos, ouvimos e lemos e não podemos ignorar.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Música para o espírito

Ontem na Fábrica do Braço de Prata, onde os vi, e lugar a descobrir se não conhecem, e amanhã no Onda Jazz, já perderam mas ainda podem e devem ir ouvir os ESTÉREO TIPOS, uma formação com Zé Maria no saxofone, Filipe Melo no piano, Mário Franco no contrabaixo e Marcelo Araújo na bateria. Uma excelente maneira de passar parte do fim de semana.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

E agora um clássico: Arcimboldo


Ver notícias da última exposição (acho eu) aqui

O plástico do nosso descontentamento


Como qualquer pessoa hoje em dia, tenho a minha quota parte de preocupações com questões ligadas ao ambiente. Assim, já mudei as lâmpadas cá de casa para as de baixo consumo, já calafetei as janelas, separo o lixo, desloco-me ao ecoponto e coloco os sacos lá dentro, enfim, coisas que considero hoje em dia básicas.

Ultimamente, porém, anda virada para o problema de como reduzir o "consumo" de plástico e digo-lhes, a coisa não é fácil...

1 - Comecemos pelas garrafas. Em casa consumo agua da companhia, portanto a questão nem se coloca, mas n emprego sim. Tento comprar sempre garrafas de litro e meio, mas não há como fugir ao plástico. Nunca mais vi (ou é raro haver) garrafas de vidro. Já quando vamos passear se passa a mesma coisa. O normal é comprar uma garrafinha de àgua. E pergunta: ainda existem das de vidro?

2 - Farmácias. Vamos a qualquer farmácia e não conheço nenhuma que não dê as nossas compras, pois claro, num saco de plástico. Que eu já recuso, porque tenho a vantagem da carteira grande, claro, mas então e os homens? Outra ironia da questão é o verdinho da reciclagem dos medicamentos que é outro saco de plástico... há coisas que não dá para entender!

3 - Livrarias/lojas de discos. Também aqui a alternativa não é nenhuma. qualquer coisa que se compre vem delicadamente colocada... em mais um saco de plástico.

4 - Lojas de roupa. Estas sim com algumas nuances. Umas com bons sacos de papel, mas longe de ser a maioria.

5 - Supermercados. Pois é aqui que a porca torce o rabo. Inevitavelmente temos de lá ir, compramos (ou não) e se fizermos as contas chegamos ao fim do ano com um número apreciável de sacos de plástico só à nossa conta. Multipliquem pelo nº de pessoas do vosso prédio, dos prédios do vosso bairro, etc, etc... Mas realmente qual é a alternativa? Existem já, é certo, uns sacos de pano que algumas lojas vendem. Provavelmente comprarei um. Mas vamos passar a passear o dito saco para a eventualidade de nos apetecer ir às compras? E porque não são criadas alternativas pelos supermercados? Sim, porque já que compro sacos de plástico, preferia dar o mesmo dinheiro por um de papel.

6 - Jornais/revistas. Quem compra sabe que ao fim-de-semana, e, apesar das preocupações ambientalistas dos mesmos, lá marchamos para casa com mais dois sacos de plástico. Se houver alguma revista ou jornal com brinde, lá vem mais outro. Continua a somar...

7 - e finalmente o lixo, o propriamente dito. Alguém me explica onde passo a por o lixo se não for num saco de plástico???
Já vi sacos de plástico na praia, no campo, enfim, acho realmente que tem de se fazer qualqyer coisa a esse respeito. Mas o quê? Na verdade, não há muitas alternativas. Ou se as há, por favor, digam-me.

E qual é a graça, não me dirão?



Tinha de ser!!! com o azar que tenho tido, hoje quando quis aceder ao blog para postar, qual quê, a minha password não dava, dizia que estava errada:))) felizmente tinha lido os dois post da Blue Velvet, blog do qual aliás roubei indecentemente a imagem, e portanto fiz:

1- guardar rapidamente o blog para o ambiente de trabalho

2- mudar a password, o que felizmente consegui

... mas realmente, ainda vão ter de me explicar qual é a graça...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Novos usos para os livros


A bomba de gasolina: um trabalho do artista Job Koelewijn, feito com capas de livros.

Livros para todas as Estações

Jaime Bulhosa reflecte sobre a influência das estações do ano nas compras de livros. Um estudo a requerer provas, é certo, mas não deixa de ser interessante.

O Padre António Vieira e os Direitos Humanos

“Senhor, os reis são vassalos de Deus, e, se os reis não castigam os seus vassalos, castiga Deus os seus. A causa principal de se não perpetuarem as coroas nas mesmas nações e famílias é a injustiça, ou são as injustiças, nenhumas clamam tanto ao Céu como as que tiram a liberdade aos que nasceram livres e as que não pagam o suor aos que trabalham; e estes são e foram sempre os dois pecados deste Estado, que ainda têm tantos defensores.”

Excerto da carta escrita a 20 de Abril de 1657 pelo Padre António Vieira ao rei D. Afonso VI

No dia em que se comemoram 400 anos do nascimento do Padre António Vieira (1608-1697), um convite a descobrir mais desta figura fascinante da nossa cultura, pensador avant la lettre.

Quando se fala tanto de justiça e acesso à mesma, e para quem tem mais tempo, aqui deixo o link para a sua obra:

Noticias reconditas do modo de proceder de Portugal com os seus prezos / Pe. António Vieira. - Lisboa : Imp. Nacional, 1821.
Disponível na Biblioteca Nacional Digital. Uma leitura que nos faz pensar.

Quaresma

Inicia-se hoje a Quaresma. Para os mais esquecidos, e porque vale a pena saber o significado do nosso calendário, aqui deixo o link para um texto bem escrito na Biblioteca de Jacinto.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Saltitão e a tecla do Ç perdida



O Saltitão, gato da vizinha do prédio ao lado, desde muito pequeno começou a trepar muros, vindo em busca de aventuras e, sobretudo companhia, ter com o Bernardo, meu gato, não tão aventureiro.

Faziam assim uma boa parelha, explorando tudo e mais alguma coisa a que conseguissem chegar pelos muros e quintais nas traseiras e também entretendo-se a saltar para a rua quando apanhavam a janela aberta.

Por causa dele, tive de resto uma conversa que ainda recordo, na mercearia da esquina, onde, determinada vez me perguntaram: "não é para sua casa que o gato da minha mãe vai?" sendo a senhora em questão mais velha que eu.

Não faltando um dia para brincar (e comer...), testemunhou a chegada do Patas, gato que "aterrou" no quintal todo ferido (duas patas partidas, cheio de sangue) a quem tratei e que, numa primeira fase comia e ìa à sua vida. Mais tarde, e com todos de acordo, o Patas tornou-se inquilino cá de casa.

Voltando ao Saltitão, foi sempre o gato mais caçador, aparecendo de vez em quando, com um pardal na boca, o que me tirava do sério, mas a ele enchia de orgulho.

Quando a sua dona morreu o Saltitão fez as malas e, sem hesitar, apresentou-se à minha porta. De resto, a única novidade era realmente passar a dormir cá.

Tornou-se um gato um bocadinho mais carente, mas, como bom gato que era, disfarçava isso.

Ultimamente tinha a mania, como peso pluma que era, de se sentar em cima do teclado do meu portátil quando estava a funcionar, imagino eu para sentir calor. Foi durante uma dessas ocasiões que o teclado perdeu o revestimento da tecla Ç, já que, tentando eu tirá-lo de lá, o Saltitão inesperadamente resolveu agarrar-se às teclas, como se disso dependesse a sua felicidade.
Na escala dos afectos cá do bairro, o preferido é o Patas (o branco e amarelo) que passou de gato de rua a gato burguês, gordo e anafado. Esperto, usa o facto de ter ficado com uma pata defeituosa, para, com miados a quem passa, exigir constantes festas, que, de resto, retribui.
O Bernardo (o cinzento) primeiro gato e dono da casa é o mais conhecido. Pelo nome, pelo facto de insistir em visitar qualquer vizinho que deixe a janela da rua ou porta das traseiras abertas, mas também por disputar as festas a quem passa. Tem também a mania (pouco inteligente, mas é um gato com mau feitio) de lutar com cães.
O Saltitão sempre foi o mais discreto. O gato mais tipo gato, portanto. Saltava da janela e ìa à sua vida (normalmente ao talho ali da esquina pedir carne). As pessoas ainda o conheciam como o gato que era da dona Z., mas ele não se preocupava, instalava-se ao sol e não ligava a quem passava.

O Saltitão morreu hoje, depois de resistir meses a uma doença. Foi o último a chegar e o primeiro a partir.

Quem são os Três da Vida Airada?

Cócó, Ranheta e Facada...

Não fosse uma festa de carnaval da minha sobrinha M. com este tema, seguida de um pequeno questionário em família sobre o mesmo assunto, como diferentes respostas, o Carnaval passaria despercebido aqui no Registos, já que é uma época que não me diz muito... mas a curiosidade ganhou...

Côco
Máscara ou outro objecto com que se mete medo às crianças; papão, o mesmo que cóca: "semelhantes vistas são o côco com que as amas assombram ou acalentam os meninos" . Luis de Sousa. Vida do Arcebispo.

Coca
Prov. Minh. Papão. o mesmo que Cóca

Cóca
Papão, o mesmo que côco para meter medo às crianças

Ranheta
Indíviduo impertinente, rabugento

Facada
Pop e gir. agressão vil, cobarde, ou apenas ofensa, insulto

Lendo as descrições da enciclopédia, facilmente se compreende que estes três se tenham passado para figuras do nosso Carnaval. Agora saber quando, onde, realmente não sei.

Naturalmente googuelizei, mas tirando ficar a saber o que já desconfiava (que a expressão está viva e recomenda-se), só aprendi que também é titulo de filme de 1952 de Perdigão Queiroga, com António Silva, Milú e Vasco Morgado, entre outros.
É nestas alturas que tenho pena de não morar/trabalhar ao pé de uma biblioteca pública... daquelas que têm de tudo como na boutique.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Daniel Blaufuks e os Arquivos


O Arquivo, exposição do fotógrafo Daniel Blaufuks patente na Agência de Arte Vera Cortês reflecte sobre a imagem de um arquivo pessoal, onde a pessoa sente (ou não) necessidade de recordar, registar, arquivar, catalogar e inventariar as suas memórias, independentemente dos documentos ou suportes em que o faz.
Esta exposição reflecte ainda sobre a memória da pessoa após a sua morte e a inevitável degradação/esquecimento dessa mesma memória e dos suportes onde se tentou preservá-la.
A visitar na av. 24 de Julho, 54, 1º esq.